Artista multidisciplinar cuja obra transita pelo cinema experimental e pela escultura. Tendo como referência primeira Carmen Miranda, seu universo simbólico do exotismo e os atravessamentos da cultura pop, Darks propõe inversões e tensionamentos que borram este imaginário cristalizado, sendo assim seu duplo e seu avesso.

Atualmente, vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde busca estreitar as relações fantasmagóricas que existem entre paisagem, utopia, escombro e fantasia. Em seus trabalhos de vídeo, Darks faz uso de imagens de arquivo, emaranhadas em um processo de montagem que joga com a sobreposição e o excesso, criando composições e universos visuais entre ficção e realidade performada. As noções de progresso e futuro, que podem assumir a face do pesadelo, são desmanteladas em um laboratório de híbridos, tornando-se ficção científica do passado. Em seu trabalho escultórico, a natureza arqueológica se amplia, assim como a sensação de habitarmos uma dimensão paralela: paisagens cenográficas são povoadas por seres forjados em materiais sintéticos de látex, resina, plásticos, pigmentos e tinta spray.

Participou de exposições em espaços como Galeria Ibeu, A Gentil Carioca, Galeria Jaqueline Martins, Galeria Athena, Projeto Vênus, CAMA, SESC Pinheiros (SP), Teatro Municipal (SP), Paço Imperial (RJ), MAR - Museu de Arte do Rio, MAM-RJ (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica (RJ), Museu Oscar Niemeyer (PR), Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Portugal), Filmhuis Cavia (Holanda) e Tate Modern (Reino Unido). Em 2019 fez sua primeira exposição individual, “mulher desfruta”, na Galeria Cândido Portinari (UERJ). Em 2020 realizou trabalhos comissionados para o Instituto Moreira Salles e para The Swiss Arts Council Pro Helvetia. Em 2022 participou da Residência Artística da FAAP (SP) e realizou sua segunda exposição individual, “Uma noite perigosa na ilha de Vulcano”, na Carpintaria, Rio de Janeiro.