“Frequência Espectral do Arco-íris” (2021) é sobre criar uma experiência semelhante a um certo tipo de sinestesia, como se todas as tonalidades de cores surgissem, emergindo e perfurando a escuridão acompanhando a trilha sonora.

A sinestesia é um fenômeno perceptivo no qual a estimulação de uma via sensorial ou cognitiva leva a experiências involuntárias em uma segunda via sensorial ou cognitiva. O primeiro caso registrado de sinestesia é atribuído ao filósofo John Locke, que, em 1690, fez um relato sobre um homem cego que disse ter experimentado a cor escarlate quando ouviu o som de uma trombeta.

O livro de Kandinsky, Concerning the Spiritual in Art (1911), teve um efeito profundo no desenvolvimento da pintura abstrata e do cinema feito à mão. Kandinsky argumentou que a cor está relacionada a uma série de vibrações emocionais finamente sintonizadas e alardeou um princípio de “necessidade interna” que dá origem à verdadeira expressão artística: “O artista é a mão que intencionalmente faz a alma vibrar por esta ou aquela chave. Assim, fica claro que a harmonia das cores só pode ser baseada no princípio de tocar intencionalmente a alma humana.