Fibonacci Made Me Hardcore é um filme ambientado na pista de dança; um lugar de celebração, liberdade, expressão, performance, meditação, encontro.
Um lugar que abriga acontecimentos sagrados - conexões, revelações, histórias de amor, êxtase. Sem restrições de etiqueta e adequação, a pista de dança nos permite agir sem explicação.

A pista de dança em Fibonacci é ocupada por um grupo eclético de dançarinos, modelos e atores, cada um deles com sua própria relação com a dança, performance e música. O elenco deste filme nos é muito querido, pois é composto por nossos amigos, pessoas com quem já compartilhamos esses momentos. Ao longo do filme, descobrimos seu estilo único, movimentos de dança descarados e aspiração implacável de expressar, mas também as ansiedades que experimentam antes de se entregarem completamente a uma dança desinibida. O espectador assiste enquanto eles tentam realizar o ato deliberado de esquecer-se; a indução artificial de um transe.

Ao longo do filme, podemos observar esse estado de transe aparecer e desaparecer nos indivíduos, o que passa a afetar uma parte do grupo e depois todo o grupo. O grupo de indivíduos torna-se um organismo vivo, evoluindo a cada interação.

A câmera, embora muitas vezes invasivamente frontal ao assunto, é tratada como se fosse uma mosca na parede. Dando a impressão de que cada canto da festa está sendo observado atentamente. Essa onipresença captura os momentos que geralmente não são contados; o momento de hesitação antes de fazer contato visual, o momento de mal-entendido que leva a um olhar desviado.

Fibonacci Made Me Hardcore é um filme que testemunha essas trocas constantes; entre ansiedade e transe, entre um dançarino e outro, entre o grupo e a música, entre sujeito e observador.